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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ALUNA-DESTAQUE NA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - CATEGORIA CRÔNICAS

A aluna HÉLEN LAVÍNIA MACIEL DOS SANTOS, da 8ª Série "A", teve seu texto aprovado dentre os inúmeros outros que foram analisados. Parabéns pela criatividade!

OS JOVENS E AS DROGAS


Viviane, 21 anos, uma morena bonita que sonha se vestir muito bem. Trabalhou em uma agência de publicidade. Quando começou a ganhar dinheiro, começou a sair com pessoas que diziam ser sua amiga, mas, na verdade, foram essas pessoas que lhe apresentaram a cocaína.

A situação começou a complicar seis meses depois de ter começado nesse emprego. Todos os dias, os grupos de maconheiros a levavam para a balada e era lá que ela se drogava.

Com o tempo, Viviane começou a sair todas as noites. No dia seguinte, não conseguia acordar. Então, chegava atrasada ou muitas vezes faltava ao serviço.

Seu chefe gostava muito dela, era bastante paternal com ela, mas, devido a esse fato, ele foi obrigado a mandá-la embora.

Com anos usando drogas, Viviane estava magérrima; sua pele estava branca e seca; as mãos tremiam constantemente. Usava cocaína quase todo dia.

Sua mãe descobriu um papelote em sua bolsa, o que fez a família toda saber que ela estava dependente de drogas. A reação da família foi péssima.

Apesar disso, a família tentou levar Viviane para se tratar, mas ela não queria ajuda. Então, a família desistiu de ajudá-la e ela estava inteiramente só.

Alguns dias depois, do acontecido, Viviane resolveu passear nas ruas que ela brincava quando criança. Olhou para o pequeno parque onde gostava de vestir suas bonecas e viu uma criança linda (que aparentava dois ou três anos) que corria em volta da gangorra. Enquanto as lágrimas escorriam, acompanhava a corrida da menina que ia em direção de sua mãe. Teve um grande susto ao ver a mãe da menininha. Era Tânia, sua amiga de infância, que vestia suas bonecas naquele mesmo parque.

Entrou em pânico, temendo que ela lhe reconhecesse, pois estava parecendo uma desprotegida; seu corpo cheirava mal, estava magra e muito pálida. Disfarçou e saiu de lá sem olhar para trás.

Chegou em casa, quebrou os cachimbos de crack, jogou a maconha na privada e fez a pergunta mais séria:

- Onde está a Viviane que eu conheci?

Arrependida de não querer ajuda, Viviane tomou coragem e foi procurar Tânia, que estava na mesma praça de sua infância com sua filhinha. Tânia, a princípio, não a reconheceu e tomou um grande susto ao enxergar naquela moça magra e mal vestida a sua amiga de infância que não via há dez anos.

Emocionada, levou-a para sua casa, deu-lhe banho e emprestou suas roupas. A pior parte estava por vir: ligar para a mãe de Viviane.

Viviane sentiu naquele momento em que decidiu sair do buraco e voltar à vida, que se essas pessoas maravilhosas como a Tânia e sua mãe não tivessem atendido, ela teria destruído sua vida.

Naquela noite, não dormiu. Seu corpo sentia falta de drogas, suas mãos tremiam, o estômago ardia; sentia principalmente duas coisas: medo e vergonha.

Quando ligou para sua mãe, não conseguia falar nada, só pedia perdão, implorava perdão, gritava que estava muito arrependida.

Sua mãe, coitada, tentava perguntar onde ela estava, como fazia para ir buscá-la e ela só pedia perdão:

- Perdoe a louca da sua filha!

Tânia, que estava mais calma, pegou o telefone e explicou para a mãe de Viviane onde ela estava. Após uns quarenta minutos, a mãe de Viviane foi até a casa de Tânia e lá as duas choraram abraçadas na sala.

Viviane passou alguns dias internada numa clínica. Depois de seis meses, voltou a trabalhar e recusava sempre os convites para as baladas. Disse a si mesma:

- Todos só querem te ver em roubadas... é muito difícil encontrarmos amigos de verdade como a Tânia.

1 comentários :

Barbara disse...

Hélen, meus parabéns! Dá pra perceber que seu texto tem muita pesquisa, além de ter sido muito bem redigido!
É muito importante que apresentem esse tipo de trabalho, colaborando para que outros jovens se conscientizem sobre as drogas.